É
difícil pra mim perder a mania de não numerar as coisas com hindu-arábicos. Eu
gosto mesmo de algarismos romanos. Ainda mais quando passa do IV, queria levar
essa série ad infinitum.
Eu
tenho preconceito quando o autor escreve séculos sem ser em romanos. Séculos
não, séculos pelo menos tem que continuar a ser em romanos.
Você
sabe por que escrevo essas coisas, ne? Você sabe em certa medida, e qual certa
medida, são pra você. Sabe que eu gosto de explicar os seus sentimentos pra
você.
Que
na verdade, eu já não exponho os meus sentimentos, eu não sinto nada, eu te
odeio, em verdade. Eu te odeio e já joguei aos ventos, às asas do mais
desgraçados ventos. Ao escuro, ao abismo, ao fogo, às máquinas quentes
rangendo, a tudo aquilo que destrói.
Este
sentimento não é tristeza.
Não
é alegria.
É
ódio.
Por
que eu te peço e uma coisa tão simples, que não é nem por mim, pra tentar te
fazer feliz! Eu peço, eu faço, eu sinto por você. Eu me anulo. E você continua
sentindo tudo sem me deixar ajudar. VOCÊ VAI MORRER E NÃO VAI PRO CÉU, LÁ ELES
NÃO ACEITAM GENTE CRUEL! Você, no fundo... me odeia também. Agora travamos uma
guerrinha.
[Alt] VOCÊ VAI MORRER E NÃO
VAI PRO CÉU, LÁ ELES NÃO ACEITAM GENTE CRUEL! Agora travamos uma guerrinha.
Outrora a gente conversava em monólogos. No tempo em que você estava sozinha. E
me enganava que era assim que queria.
Eu fico chocado ao constatar. A gente nunca chegou a se
encontrar. A gente nunca se conheceu. Elvis não morreu. Quem aplaca sua fúria
não sou eu, quem consola suas mágoas não sou eu.
Mais uma caminhada após o anoitecer. Você me disse “alguém pode
quebrar seu pescoço vindo por trás de você”. Você é exagerada. Mas agora eu
olho para trás o tempo todo. A gente precisa disso o tempo todo, alguém dizendo
coisas pra se lembrar em microsegundos. Eu preciso olhar nos olhos de alguém e
dizer [ou que alguém me olhe nos olhos e diga] "Garoto, você precisa ficar
de olho na sua saúde", a gente precisa dessas coisas. It’s my point of
view.
Nenhum comentário:
Postar um comentário