quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Desculpas para as minhas palavras

"Eu ergui paredes
Uma fortificação profunda e poderosa
Que ninguém possa penetrar
Eu não tenho necessidade para amizades amizades causam dor
É risadas e é amar que eu desprezo
Eu sou uma rocha
Eu sou uma ilha"
E to aqui com Simon, Garfunkel e um pequeno cubinho de gelo, que me dá muito orgulho. Tem um dentro do copo e outro no msn. Vendo as palavras que mandei pra uma pessoa, há um tempo, quando se acredita que quebrar a barreira, baixar as defesas, trará alguma gratificação. Se apaixonar por alguém que todo mundo se apaixona não é bonito, não é legal, não é justificável. Suícidio é justificável, amor não. Resistir é a diferença. Amor sim, é fraqueza, é o medo de estar sozinho, é o nunca mais poder agir de todo si. As pessoas acham bonito, suícidio pra mim é bonito, justificável, forte, assaz eficiente pra acabar com tudo que causa dor, inclusive amor.
Minha maior gratificação é estar sozinho, sozinho sozinho mesmo, não sozinho acompanhado. O mal de existir é essa solidão acompanhada. eu estava lendo as coisas que escrevi pra ela, palavras tão brilhantes com um propósito tão inútil. "I have my books and my poetry to protect me; I am shielded in my armor" (Eu tenho meus livros e minha poesia para me proteger, estou guardado em minha armadura). Então pensei que deveria me redimir. E reverter minhas boas palavras pro lado bom, a resistencia.
As pessoas frias não estão aqui pra mostrar sua superioridade. Não estamos aqui pra fazer questão de sermos chamados de metido ou antipaticos, estamos nos protegendo de vocês. Vocês são o real perigo, não nós. Vocês são efusivos, confundem os sentimentos, abusam da bondade, da amizade, dessa percrustração de barreira chamada intimidade. Favores... eu gosto de fazer favores por saber que as pessoas me devem alguma coisa. Vocês já me confundiram o máximo que puderam, me elogiaram e tentaram dissecar meus sentimentos pra não fazer nada com eles. Comprendam que sou mais simples e prático que vocês. Tudo que me move é interesse. A diferença é que eu admito. Nós, vamos voltar a falar de nós. Esse texto não é meu, é pra nós, os anônimos dos textos do blog. Te ouvi, te conheci, deixei que jogasse sua miséria em mim por nada. Eu assisto Grey's Anatomy pela Christina Young!
Por favor, guardem sua efusividade pras pessoas que te escravizaram nessa teia egoísta chamada amor, que se eu tiver algum de novo um dia eu juro que faço o mesmo, vamos ser práticos, não me toquem, me ajudem a congelar aqui, na boa, vai, me ajuda ai, e quem não vai brincar senta lá.
"Escondendo em meu quarto, salvo em meu ventre
Eu não toco ninguém e ninguém me toca".

http://www.youtube.com/watch?v=My9I8q-iJCI


Finais são bençãos ambivalentes.