sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O jogo de xadrez do Destino
Vendo deste modo podemos concluir que Destino é um ser incorruptível, mas existe outro ser que pode facilmente dobrar um mortal, então como não outro igual a ele?
O Desejo, vez por outra, desafia destino pra algum jogo, como uma partida de xadrez, nas raras vezes que ganha, ou que convence Destino em fazer uma aposta, ele não pode tocar no livro, mas pode "tentar" um humano em suas escolhas, principalmente no amor, sim, esse ser tem muito senso de humor, um senso de humor maldito, ele nunca se aborrece, se entristesse ou se irrita, segue perseverante em seus objetivos, como ganhar uma partida sobre o destino.
O que ele mais gosta é de olhar o livro e ver as pessoas que têm muitos caminhos em sua frente. É terrívelmente prazeirozo se ver diante da confusão destes, Desejo é o principal responsável pelo que chamamos amor, por isso, não fique culpando seu destino, não fique achando que você é uma peça no jogo dele, que tudo está escrito e você nada pode fazer pra mudar. Eles jogam com peças normais, feitas em pedra sabão, que ficam no interminável jardim da casa de Destino. Quando o desejo ganha, ele é quem está brincando com você, te mostrando pessoas bonitas e incríveis, ou produtos irresístiveis em uma vitrine, ou estragando sua dieta te ajudando a achar doces, ele não está te manipulando... está colocando objetos de desejo a sua frente.
E quando Destino ganha, como afronta, ele escreve uma pequena linha que pode te desviar desses objetos. Mas a escolha... é sua.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Divagando sobre estilos música e pessoas inconvenientes
Quando me perguntam se eu sou emo, ou roqueiro, ou qualquer rótulo mainstream, eu respondo, para não continuar a conversa, que sou apenas uma pessoa estranha. Dizer que sou gótico rende muitas explicações, nem sempre estou afim.
Quando perguntam quanto ao gosto musical respondo que gosto basicamente de música eletrônica, clássica e rock e umas “estranhas” misturas de tudo isso chamadas experimentalismo (E com certeza muito mais coisa que você não conhece e se conhece duvidaria que eu escuto). Pensando nisso eu comecei a meditar sobre como esses termos também são polêmicos, tirando a música clássica/erudita, o rock e a música eletrônica caíram em “desgraça”. Quando você diz que gosta dessas coisas também exige uma explicação, as pessoas ficam pensando (é bom quando elas só pensam) ou perguntam (o pior é quando elas abrem a boca) se você gosta de tal banda ou artista ruim, mas que é popular, então você tenta não fazer cara de nojo, responde o que gosta, a pessoa não conhece e ficamos na mesma. Ruim por que é popular ou popular por que é ruim? Óbviamente existem coisas pop que são boas, e existem coisas que são propositalmente idiotizadas pra agradar a população.
Mas o principio da divagação não é esse, e sim como o roqueiros troozões vivem se queixando do que está acontecendo hoje em dia, de que Joey Ramone ou Sid Vicious ou Johnny Rotten (as pessoas que dizem isso sabem quem é esse cara será?) ou Jim Morrison, sei lá , devem estar se revirando na tumba! Isso óbviamente pra atacar esse, essa... praga, essa máfia, desgraçada que se tornou o emocore! Esse tipo de gente, geralmente, também não merece atenção. Desse modo as pessoas que gostam da música eletrônica deveriam também viver se queixando de os kraftwerk (não sei se algum deles morreu, mas enfim, sejamos figurativos) também estão se revirando na tumba!
Estando cientes de que a música eletrônica surgiu o intuito de criar sons não possíveis de se reproduzir com instrumentos musicais que conhecemos, como sons da natureza sintetizados eletrônicamente para auxiliar na peças de música clássica, e depois como um experimentalismo de variações de sons diferentes, incluindo fazer música com coisas não muito musicais, como motores, panelas, máquinas e quem sabe uma lixadeira que nem a que ta me atormentando agora, a não música ou anti-música de figurinhas como Monte Cazazza, que criou o termo “música industrializada, para pessoas industrializadas” , nada mais adequado ao que acontecia na época que era o boom industrial, a produção em massa que mecanizava as pessoas, transformando todos em operários-máquina. Felizmente depois essa coisa NOISE foi se tornando mais agradável, e ai sim surgiram sons mais apreciáveis como o do grupo Kraftwerk. Depois mais apreciáveis ainda como o New Order e o Depeche Mode! =)
Até mesmo a música industrial suavizou, se tornou menos ”rebelde”, vide Einstürzende Neubauten e Cabaret Voltaire. E hoje em dia temos exemplos como: Die Form, KMFDM, Wumpscut, Combichrist, etc.
Dançantes, felizes, profundos, ácidos, distorcidos, enérgicos, psicodélicos, enfim... a música eletrônica desenvolveu tantas vertentes de sons quando o rock, e ainda por cima às vezes pedem auxilio um ao outro, e também se unem em uma bela harmonia (não para os ouvidos mais conservadores e preconceituosos, claro ¬¬).
Logo então, se um roqueiro pode se sentir ofendido e indignado quando alguém lhe pergunta: então você curte Blink? Green Day? Good Charlotte?
Uma pessoa que diz que gosta de música eletrônica, como eu, pode ficar se pinicando de vontade de mandar alguém calar a boca quando perguntam: trance? Britney? Madonna? psy? certamente alguns ouvidos alternativos são toleráveis, até mesmo gostam de verdade disso, mas eu não, não, We not speak americano, eu não gosto muito de coisas comuns, eu não agüento mais ouvir Yolanda be cool!
O advento da música no Brasil é algo fora de discussão, o povo brasileiro é um povo muito musical, que acha música clássica chata, jazz, blues, etc. chatos, sem saber que a música eletrônica e o rock evoluíram deles. Mas como nem toda evolução é perfeita, e podem haver mutações no caminho... temos o Restart, o Cine, o Fresno e se Monte Cazazza ouvisse funk carioca ia saber o que é não música, o que realmente incomoda, mas hoje não é música industrializada pra pessoas industrializadas, e sim música imbecilizada pra pessoas imbecilizadas.
sábado, 31 de julho de 2010
If could sleep tonight
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Não posso mais...
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Outro poema
Com qual audácia ela venceu minha vitória! Como ela sabe destruir minha tristeza? Quando eu pensei que havia perdido a batalha ela reaparece com mesma muiteza!
E como ela é muitaz! Me faz não querer mais que bem querer, não contentar me de contente. E assim estou preso por vontade, o coração roubado de bom grado. Pra você mais um poema. Ele se chama:
De cada dez de meus pensamentos são dela 9,5
Ao perder, porém, eu ganho
Tuas mechas douradas, teus olhos castanhos
Isso sem dizer que ainda cuido em perder
Nunca acordo cedo suficiente para ver o sol nascer
Se perco um prazer minino assim, ainda assim, tenho sempre você
Talvez seja louco de te criar e recriar como eu quero só pra mim
Suas mãozinhas de veludo, sua pele de cetim
E ainda que eu fosse conquistador de meia pataca
E que as aulas de literatura só me deixassem mais perpicaz
Teu sorriso que tráz alergria, tua voz que tráz a paz
Ah, se eu fosse esse rapaz!
Eu te digo que escrevo agora como manda a lição
10% sentimento, 90% de transpiração
Me esforçando com as rimas e o formato
Traçando as frases com cuidado
Oh, sim, que artesão poderia ser eu
Que velhaco dissimulado
Mas teu beijo no meu rosto e sua presença ao meu lado
De toda essa arte da palavra não consigo usar a enganar
Ainda que eu conseguisse
100% de esforço e nenhum de coração
Meu suspiro em seu ouvido, sua mão em minha mão
Eu não teria pelo que enganar por tanto tempo amor tão puro
Eu não continuaria tão firme e tão seguro
Tremulando e fraquejando
Desistindo então quem sabe
Teu amor arfa em meu ar, seu coração em meu peito cabe